01 de Fevereiro 2016 - 15:12
Novo ciclo de formação reúne mais de 140 formandos em Lisboa
Cursos em Ecossistemas de Plataforma Continental e de Mar Profundo estreiam com sucesso
O segundo ciclo de formação SOPHIA, que decorreu de 4 a 29 de janeiro na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, reabriu os módulos em Deteção Remota e Sistemas de Informação Geográfica e estreou as formações em Ecossistemas de Plataforma Continental e de Mar Profundo.
"Não é muito fácil termos acesso a formações de qualidade, presenciais e sem encargos, por isso todas estas iniciativas são bem-vindas, para melhorar, para continuar e para aumentar", são palavras da formanda Maria da Luz Fernandes, doutoranda no CESAM/Universidade de Aveiro, sobre a oferta formativa SOPHIA.
O projeto dinamizou a segunda edição dos módulos de formação em Deteção Remota e em Sistemas de Informação Geográfica, registando novamente índices elevados de participação e satisfação. "Isto é uma novidade, estes conteúdos sobre o mar; é um embrião para algo interessante ao nível da cultura do mar", conta Henrique Tato Marinho, técnico superior na DGRM.
A novidade deste novo ciclo foram as formações em ecossistemas de Plataforma Continental e de Mar Profundo, num formato que envolveu aulas teóricas alternadas com debates, aulas laboratoriais e saídas de campo que possibilitaram o contacto com diferentes métodos de amostragem na Doca de Alcântara e observar veículos autónomos no LARSyS/ISR e o ROV Luso em ação na EMEPC-Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental.
Os cursos permitiram acesso ao conhecimento mais recente sobre os recursos e serviços dos ecossistemas de mar profundo e plataforma continental, a diversidade de habitats, a biologia e ecologia das espécies, as pressões e impactes das atividades humanas no meio marinho e os métodos e instrumentos de estudo disponíveis. Isabel Domingos, formadora SOPHIA e professora da FCUL, reflete: “Do contacto que temos tido com os formandos, uma mensagem importante é o facto de termos que reunir uma série de esforços no sentido de trabalharmos em conjunto”.
Para José Manuel Marques, coordenador do projeto SOPHIA, esta é uma iniciativa que “cria uma plataforma de diálogo” e que se dirige à comunidade que trabalha com o mar para a “dotar das ferramentas adequadas para perceber o mar”: “O país nisso tem que crescer muito, não podemos falar de economia azul sem criar o potencial humano para desenvolver tudo isso”. Esta segunda edição das formações SOPHIA reuniu mais de 140 formandos numa audiência exclusivamente constituída por formandos com ligação aos assuntos do mar, dominada por técnicos da administração pública, da academia, do setor empresarial e da sociedade civil.
No domínio da administração, estiveram presentes formandos ligados a câmaras municiais e a entidades como o Ministério do Mar e o Ministério da Educação e da Ciência, a Direção-Geral do Território, o Laboratório Nacional de Engenharia Civil, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a Agência Portuguesa do Ambiente, o Instituto Hidrográfico, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e o Museu da Baleia da Madeira. As formações incluíram ainda participantes ligados a centros de investigação e universidades de todo o país, a ONG como a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves e a Liga para a Proteção da Natureza, e ao setor privado, com empresas como a Nemus, a BIO3, a Deimos e o WavEC.