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Deteção Remota: Aplicação de Imagens de Radar de Abertura Sintética

Guias e recursos pedagógicos

Hiperligações
Guia 3_Observação da Terra: uso de imagens SAR para a monitorização de águas costeiras e oceânicas
Infografia
Esquema do espectro eletromagnético e das bandas usadas pelos vários sensores de observação da Terra. Os sistemas SAR (Synthetic Aperture Radar) funcionam na banda de frequências designada por micro-ondas adquirindo e registando imagens das propriedades dielétricas e geométricas da superfície terrestre em quaisquer condições atmosféricas, de dia ou de noite.Os SAR usam as micro-ondas, zona em que o espectro eletromagnético é transparente à passagem da radiação (a transmissividade atmosférica é quase 100%) (adaptada de Robinson, 2010). A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Esquema do espectro eletromagnético e das bandas usadas pelos vários sensores de observação da Terra. Os sistemas SAR (Synthetic Aperture Radar) funcionam na banda de frequências designada por micro-ondas adquirindo e registando imagens das propriedades dielétricas e geométricas da superfície terrestre em quaisquer condições atmosféricas, de dia ou de noite.Os SAR usam as micro-ondas, zona em que o espectro eletromagnético é transparente à passagem da radiação (a transmissividade atmosférica é quase 100%) (adaptada de Robinson, 2010). A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Geometria de um sistema de radar de imagem. O Radar de Abertura Sintética (SAR) possui uma antena retangular com dimensões típicas de 10 m por 1 m em que o seu comprimento está alinhado com a direção de voo do satélite, a chamada direção de azimute. O radar emite pulsos eletromagnéticos lateralmente, na direção perpendicular à linha de voo, a chamada direção de alcance. Os pulsos são emitidos a um ângulo definido como o ângulo de incidência, que pode variar entre os 15° e os 60°. Este ângulo irá definir a área da superfície iluminada, ou por outra palavras, irá definir a pegada do sensor (zona a verde na figura) que aumenta em largura com o ângulo de incidência. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Geometria de um sistema de radar de imagem. O Radar de Abertura Sintética (SAR) possui uma antena retangular com dimensões típicas de 10 m por 1 m em que o seu comprimento está alinhado com a direção de voo do satélite, a chamada direção de azimute. O radar emite pulsos eletromagnéticos lateralmente, na direção perpendicular à linha de voo, a chamada direção de alcance. Os pulsos são emitidos a um ângulo definido como o ângulo de incidência, que pode variar entre os 15° e os 60°. Este ângulo irá definir a área da superfície iluminada, ou por outra palavras, irá definir a pegada do sensor (zona a verde na figura) que aumenta em largura com o ângulo de incidência. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Simulação de uma abertura sintética (adaptada de Robinson, 2004). Os SAR, que têm antenas com cerca de 10 m de comprimento, simulam antenas mais compridas usando o processo da abertura sintética esquematizado na figura, que dá o nome a estes sensores. Para se explicar como funciona a abertura sintética, deve primeiro imaginar-se uma antena com uma abertura muito grande que emite e recebe radiação eletromagnética ao longo de todo o seu comprimento (caso A). Esta terá de ter uma abertura de vários quilómetros para conseguir uma elevada resolução no solo. Esta antena poderia ser substituída por um conjunto de antenas pontuais interligadas distribuídas em linha reta, emitindo e recebendo ao longo de todo o seu comprimento (caso B). No caso C temos um conjunto de antenas pontuais isoladas, a emitirem pulsos idênticos em sequência. O sinal retrodifundido é recebido em todas as antenas pontuais e é reconstruído na soma de todos os ecos, simulando o caso A. Simplificando, podemos considerar que cada antena só iria receber a retrodifusão do sinal que emitiu (caso D), simulando ou sintetizando a antena grande ao somar todos os ecos recebidos. Na realidade uma antena SAR (caso E) é uma só antena pontual que se move em comprimento, emitindo e recebendo em cada lugar e simula uma antena maior ao emitir continuamente e recebendo os ecos à medida que se desloca. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Simulação de uma abertura sintética (adaptada de Robinson, 2004). Os SAR, que têm antenas com cerca de 10 m de comprimento, simulam antenas mais compridas usando o processo da abertura sintética esquematizado na figura, que dá o nome a estes sensores. Para se explicar como funciona a abertura sintética, deve primeiro imaginar-se uma antena com uma abertura muito grande que emite e recebe radiação eletromagnética ao longo de todo o seu comprimento (caso A). Esta terá de ter uma abertura de vários quilómetros para conseguir uma elevada resolução no solo. Esta antena poderia ser substituída por um conjunto de antenas pontuais interligadas distribuídas em linha reta, emitindo e recebendo ao longo de todo o seu comprimento (caso B). No caso C temos um conjunto de antenas pontuais isoladas, a emitirem pulsos idênticos em sequência. O sinal retrodifundido é recebido em todas as antenas pontuais e é reconstruído na soma de todos os ecos, simulando o caso A. Simplificando, podemos considerar que cada antena só iria receber a retrodifusão do sinal que emitiu (caso D), simulando ou sintetizando a antena grande ao somar todos os ecos recebidos. Na realidade uma antena SAR (caso E) é uma só antena pontual que se move em comprimento, emitindo e recebendo em cada lugar e simula uma antena maior ao emitir continuamente e recebendo os ecos à medida que se desloca. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Mecanismos de retrodifusão do sinal emitido. Os SAR operam nas frequências das micro-ondas, que devido ao seu comprimento de onda, penetram somente na camada superior do oceano. A profundidade de penetração da radiação aumenta com a diminuição da frequência (a 2 GHz a profundidade é de ~1 cm, a 12 GHz é de ~0,2 cm) e com a diminuição da salinidade, sendo maior no caso da água pura. No entanto, devido às propriedades da água do mar a maior parte da radiação é refletida ou retrodifundida de volta para o sensor. É a radiação retrodifundida que é medida pelo SAR. Existem três mecanismos distintos capazes de retrodifundir o sinal emitido: 1) reflexão especular, 2) difusão de Bragg e 3) difusão de volume (não apresentada na figura); no entanto só as primeiras duas têm importância para aplicações oceanográficas. A reflexão especular é dominante quando a radiação é refletida por objetos lisos e é caracterizada por ter um ângulo de reflexão igual ao de incidência (Caso A). No caso dos SAR, que emitem radiação em ângulo sobre os oceanos, a reflexão especular não é dominante visto que é necessária a ausência de vento, e nestes casos a radiação é maioritariamente refletida para fora do ângulo de receção do sensor. Este mecanismo de retrodifusão é dominante nos casos em que o ângulo de incidência da radiação é baixo (perto do nadir) e para casos em que o objeto refletor é liso. No caso dos sensores SAR, contribuições por reflexão especular só se tornam importantes na presença de objetos angulares tais como navios. Nestes casos a radiação emitida em ângulo irá ser refletida de volta ao sensor ao encontrar os cantos dos navios, gerando reflexões duplas, podendo deste modo refletir a radiação de volta para o sensor (Caso C), pelo que aparecem nas imagens como pontos com forte intensidade. Para ângulos de radiação incidente entre os 20° e os 70°, que são os ângulos de incidência da maioria dos SAR, o mecanismo dominante é o chamado mecanismo de Bragg: a radiação incidente é difundida radialmente pela superfície do oceano maioritariamente na direção de incidência, i.e., de volta para o sensor (Caso B). A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Mecanismos de retrodifusão do sinal emitido. Os SAR operam nas frequências das micro-ondas, que devido ao seu comprimento de onda, penetram somente na camada superior do oceano. A profundidade de penetração da radiação aumenta com a diminuição da frequência (a 2 GHz a profundidade é de ~1 cm, a 12 GHz é de ~0,2 cm) e com a diminuição da salinidade, sendo maior no caso da água pura. No entanto, devido às propriedades da água do mar a maior parte da radiação é refletida ou retrodifundida de volta para o sensor. É a radiação retrodifundida que é medida pelo SAR. Existem três mecanismos distintos capazes de retrodifundir o sinal emitido: 1) reflexão especular, 2) difusão de Bragg e 3) difusão de volume (não apresentada na figura); no entanto só as primeiras duas têm importância para aplicações oceanográficas. A reflexão especular é dominante quando a radiação é refletida por objetos lisos e é caracterizada por ter um ângulo de reflexão igual ao de incidência (Caso A). No caso dos SAR, que emitem radiação em ângulo sobre os oceanos, a reflexão especular não é dominante visto que é necessária a ausência de vento, e nestes casos a radiação é maioritariamente refletida para fora do ângulo de receção do sensor. Este mecanismo de retrodifusão é dominante nos casos em que o ângulo de incidência da radiação é baixo (perto do nadir) e para casos em que o objeto refletor é liso. No caso dos sensores SAR, contribuições por reflexão especular só se tornam importantes na presença de objetos angulares tais como navios. Nestes casos a radiação emitida em ângulo irá ser refletida de volta ao sensor ao encontrar os cantos dos navios, gerando reflexões duplas, podendo deste modo refletir a radiação de volta para o sensor (Caso C), pelo que aparecem nas imagens como pontos com forte intensidade. Para ângulos de radiação incidente entre os 20° e os 70°, que são os ângulos de incidência da maioria dos SAR, o mecanismo dominante é o chamado mecanismo de Bragg: a radiação incidente é difundida radialmente pela superfície do oceano maioritariamente na direção de incidência, i.e., de volta para o sensor (Caso B). A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Esquema das condições necessárias para a ocorrência do mecanismo de retrodifusão de Bragg em que (lambda)r é o comprimento de onda da radiação emitida pelo SAR e (theta) é o ângulo de incidência da radiação. São condições necessárias para a ocorrência da difusão de Bragg que o comprimento de onda da superfície do mar seja semelhante ao comprimento de onda do sinal emitido e que as ondas de superfície tenham uma componente na direção de alcance do sensor. Dada a natureza da rugosidade da superfície do oceano, esta última condição é quase sempre obtida já que as ondas de pequena escala, geradas pelo vento, têm uma distribuição contínua nos comprimentos de onda. Na presença das condições para a ocorrência da difusão de Bragg, o sinal retrodifundido interage de forma construtiva, i.e., entra em ressonância com a ondulação da superfície do oceano com escala semelhante (ordem dos cm), resultando num aumento da energia do sinal recebido. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Esquema das condições necessárias para a ocorrência do mecanismo de retrodifusão de Bragg em que (lambda)r é o comprimento de onda da radiação emitida pelo SAR e (theta) é o ângulo de incidência da radiação. São condições necessárias para a ocorrência da difusão de Bragg que o comprimento de onda da superfície do mar seja semelhante ao comprimento de onda do sinal emitido e que as ondas de superfície tenham uma componente na direção de alcance do sensor. Dada a natureza da rugosidade da superfície do oceano, esta última condição é quase sempre obtida já que as ondas de pequena escala, geradas pelo vento, têm uma distribuição contínua nos comprimentos de onda. Na presença das condições para a ocorrência da difusão de Bragg, o sinal retrodifundido interage de forma construtiva, i.e., entra em ressonância com a ondulação da superfície do oceano com escala semelhante (ordem dos cm), resultando num aumento da energia do sinal recebido. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Variação da intensidade do coeficiente de retrodifusão (eixo yy) com o ângulo de incidência (eixo xx) e a velocidade do vento, que aumenta na direção da seta. A difusão de Bragg é dominante nos ângulos contidos na secção assinalada por (b) (adaptado de Robinson, 2004). A medida da radiação difundida é designada por normalised radar backscatter, (sigma)0, ou a medida normalizada da radiação refletida ou coeficiente de retrodifusão, normalmente expressa em decibéis (dB), e é a medida que vem associada a cada píxel numa imagem SAR calibrada. A retrodifusão só ocorre quando a superfície do mar tem rugosidade com escala semelhante à da radiação do SAR que, por sua vez, só ocorre na presença de vento. Na ausência de vento a retrodifusão será nula pois o mar irá comportar- se como uma superfície lisa, promovendo desta forma a reflexão especular. A intensidade do sinal retrodifundido medido pelo SAR irá aumentar com o aumento do vento, e logo, com o aumento da rugosidade do mar. Como se pode ver na figura, a intensidade do sinal também depende do ângulo de incidência da radiação, sendo maior para ângulos menores. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Variação da intensidade do coeficiente de retrodifusão (eixo yy) com o ângulo de incidência (eixo xx) e a velocidade do vento, que aumenta na direção da seta. A difusão de Bragg é dominante nos ângulos contidos na secção assinalada por (b) (adaptado de Robinson, 2004). A medida da radiação difundida é designada por normalised radar backscatter, (sigma)0, ou a medida normalizada da radiação refletida ou coeficiente de retrodifusão, normalmente expressa em decibéis (dB), e é a medida que vem associada a cada píxel numa imagem SAR calibrada. A retrodifusão só ocorre quando a superfície do mar tem rugosidade com escala semelhante à da radiação do SAR que, por sua vez, só ocorre na presença de vento. Na ausência de vento a retrodifusão será nula pois o mar irá comportar- se como uma superfície lisa, promovendo desta forma a reflexão especular. A intensidade do sinal retrodifundido medido pelo SAR irá aumentar com o aumento do vento, e logo, com o aumento da rugosidade do mar. Como se pode ver na figura, a intensidade do sinal também depende do ângulo de incidência da radiação, sendo maior para ângulos menores. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Esquema da modelação da rugosidade da superfície do mar por inclinação e por correntes (adaptado de www.sarusersmanual.com). A rugosidade da superfície do mar e por consequência, a intensidade do sinal retrodifundido, podem ser moduladas por fenómenos que ocorram no mar ou na atmosfera. Os mecanismos que provocam a modulação da rugosidade estão esquematizados na figura, que mostra como a rugosidade da superfície do mar pode aumentar e diminuir com a presença de ventos, de ondas de maior escala e de correntes à superfície. Estas últimas podem ser geradas por fenómenos a ocorrer dentro do oceano que assim poderão ter uma assinatura em imagens SAR. Em locais de convergência a rugosidade e logo a intensidade da retrodifusão aumentam e em locais de divergência, diminuem. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Esquema da modelação da rugosidade da superfície do mar por inclinação e por correntes (adaptado de www.sarusersmanual.com). A rugosidade da superfície do mar e por consequência, a intensidade do sinal retrodifundido, podem ser moduladas por fenómenos que ocorram no mar ou na atmosfera. Os mecanismos que provocam a modulação da rugosidade estão esquematizados na figura, que mostra como a rugosidade da superfície do mar pode aumentar e diminuir com a presença de ventos, de ondas de maior escala e de correntes à superfície. Estas últimas podem ser geradas por fenómenos a ocorrer dentro do oceano que assim poderão ter uma assinatura em imagens SAR. Em locais de convergência a rugosidade e logo a intensidade da retrodifusão aumentam e em locais de divergência, diminuem. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Esquema de uma onda eletromagnética com  polarização vertical (topo) e polarização horizontal (em baixo). A onda eletromagnética pode ter quatro polarizações que são determinadas pela orientação do campo elétrico. Uma onda eletromagnética, como o seu nome indica, tem campo elétrico e magnético, que se propagam com a onda fazendo um ângulo de 90° entre si. A polarização das ondas eletromagnéticas refere-se à direção do campo elétrico. Quando a direção do campo elétrico é vertical à superfície da Terra a polarização diz-se vertical e quando a sua direção de propagação é horizontal a polarização diz-se horizontal. Assim, o sinal pode ser transmitido pelo sensor em várias polarizações: num plano vertical ou horizontal, respetivamente, plano paralelo ou perpendicular ao plano de incidência. Podem ser recebidos 4 tipos distintos de ecos: HH, HV, VH e VV, em que a primeira letra se refere ao tipo de polarização emitida e a segunda à polarização recebida. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Esquema de uma onda eletromagnética com polarização vertical (topo) e polarização horizontal (em baixo). A onda eletromagnética pode ter quatro polarizações que são determinadas pela orientação do campo elétrico. Uma onda eletromagnética, como o seu nome indica, tem campo elétrico e magnético, que se propagam com a onda fazendo um ângulo de 90° entre si. A polarização das ondas eletromagnéticas refere-se à direção do campo elétrico. Quando a direção do campo elétrico é vertical à superfície da Terra a polarização diz-se vertical e quando a sua direção de propagação é horizontal a polarização diz-se horizontal. Assim, o sinal pode ser transmitido pelo sensor em várias polarizações: num plano vertical ou horizontal, respetivamente, plano paralelo ou perpendicular ao plano de incidência. Podem ser recebidos 4 tipos distintos de ecos: HH, HV, VH e VV, em que a primeira letra se refere ao tipo de polarização emitida e a segunda à polarização recebida. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Esquema da modelação por inclinação. A intensidade do sinal retrodifundido é tanto maior quanto menor for o ângulo entre a direção de incidência e a normal à superfície (adaptado de Robinson, 2004).As ondas oceânicas também podem ter uma assinatura nas imagens SAR através dos processos de modelação hidrodinâmica ou por inclinação. A assinatura de ondas oceânicas depende da escala das ondas. As mais pequenas, a chamada rugosidade da superfície ou ondas de capilaridade, são necessárias para a criação de uma imagem SAR. Ondas com maior escala, as chamadas ondas de superfície, são geradas pelo vento, pelo que têm direção de propagação alinhada com a do vento. Poderão ter uma assinatura nas imagens SAR caso se propaguem numa direção que tenha componente na direção de alcance. A assinatura destas ondas de maior escala pode ser criada por modelação por inclinação da superfície. Neste caso a passagem das ondas irá provocar uma inclinação da superfície que irá modular a intensidade do eco, sendo que a intensidade do sinal retrodifundido aumenta com a diminuição do ângulo de incidência, i.e., quando o ângulo de incidência da radiação está próxima da perpendicular à superfície do mar. Como se pode ver no esquema da figura quanto menor o ângulo (theta), maior a intensidade do sinal retrodifundido, o que acontece na face da onda mais próxima do sensor. Assim, ondas capazes de gerar este tipo de assinaturas são visíveis em imagens SAR como linhas alternadamente mais claras e mais escuras. Este tipo de modulação não depende da rugosidade da superfície do mar, podendo gerar uma assinatura em imagens SAR mesmo com ausência de vento. É por esta razão que é possível retirar de uma imagem SAR informação do campo de agitação marítima ou swell. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Esquema da modelação por inclinação. A intensidade do sinal retrodifundido é tanto maior quanto menor for o ângulo entre a direção de incidência e a normal à superfície (adaptado de Robinson, 2004).As ondas oceânicas também podem ter uma assinatura nas imagens SAR através dos processos de modelação hidrodinâmica ou por inclinação. A assinatura de ondas oceânicas depende da escala das ondas. As mais pequenas, a chamada rugosidade da superfície ou ondas de capilaridade, são necessárias para a criação de uma imagem SAR. Ondas com maior escala, as chamadas ondas de superfície, são geradas pelo vento, pelo que têm direção de propagação alinhada com a do vento. Poderão ter uma assinatura nas imagens SAR caso se propaguem numa direção que tenha componente na direção de alcance. A assinatura destas ondas de maior escala pode ser criada por modelação por inclinação da superfície. Neste caso a passagem das ondas irá provocar uma inclinação da superfície que irá modular a intensidade do eco, sendo que a intensidade do sinal retrodifundido aumenta com a diminuição do ângulo de incidência, i.e., quando o ângulo de incidência da radiação está próxima da perpendicular à superfície do mar. Como se pode ver no esquema da figura quanto menor o ângulo (theta), maior a intensidade do sinal retrodifundido, o que acontece na face da onda mais próxima do sensor. Assim, ondas capazes de gerar este tipo de assinaturas são visíveis em imagens SAR como linhas alternadamente mais claras e mais escuras. Este tipo de modulação não depende da rugosidade da superfície do mar, podendo gerar uma assinatura em imagens SAR mesmo com ausência de vento. É por esta razão que é possível retirar de uma imagem SAR informação do campo de agitação marítima ou swell. A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Esquema da modulação hidrodinâmica. As zonas de convergência de correntes causam um aumento da rugosidade à superfície, resultando num aumento da intensidade do sinal retrodifundido (adaptado de Robinson, 2004). A modelação hidrodinâmica pode ser gerada por qualquer tipo de onda que com a sua passagem gere correntes à superfície, sendo que a escala da assinatura será relacionável com a escala da onda. A figura esquematiza as correntes geradas pela passagem de uma onda de superfície e consequente modulação da rugosidade da superfície do mar, mostrando que em zonas de convergência das correntes a intensidade do sinal retrodifundido aumenta e em zonas de divergência o sinal diminui. De novo as ondas terão de ter uma direção que tenha uma componente na direção de alcance do sensor para poderem ter assinatura na imagem SAR. Um outro exemplo de ondas capazes de gerar este tipo de correntes à superfície são as ondas internas. De uma forma sucinta, estas são ondas que se propagam no interior de um fluído ao longo de uma descontinuidade. Assim, podem propagar-se dentro do oceano ou na atmosfera ao longo de uma descontinuidade gerada por diferenças de temperatura (no oceano propagam-se ao longo da termoclina).A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)
Esquema da modulação hidrodinâmica. As zonas de convergência de correntes causam um aumento da rugosidade à superfície, resultando num aumento da intensidade do sinal retrodifundido (adaptado de Robinson, 2004). A modelação hidrodinâmica pode ser gerada por qualquer tipo de onda que com a sua passagem gere correntes à superfície, sendo que a escala da assinatura será relacionável com a escala da onda. A figura esquematiza as correntes geradas pela passagem de uma onda de superfície e consequente modulação da rugosidade da superfície do mar, mostrando que em zonas de convergência das correntes a intensidade do sinal retrodifundido aumenta e em zonas de divergência o sinal diminui. De novo as ondas terão de ter uma direção que tenha uma componente na direção de alcance do sensor para poderem ter assinatura na imagem SAR. Um outro exemplo de ondas capazes de gerar este tipo de correntes à superfície são as ondas internas. De uma forma sucinta, estas são ondas que se propagam no interior de um fluído ao longo de uma descontinuidade. Assim, podem propagar-se dentro do oceano ou na atmosfera ao longo de uma descontinuidade gerada por diferenças de temperatura (no oceano propagam-se ao longo da termoclina).A utilização deste ficheiro é regulada nos termos da licença Creative Commons Attribution 4.0 (CC BY-NC-ND 4.0, https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)